Distonia: o que é e como tratar?

dor na cervical por conta da distonia

A distonia é um distúrbio neurológico caracterizado por contrações musculares involuntárias que causam movimentos repetitivos ou posturas anormais. Neste artigo, abordaremos o que é a distonia, seus sintomas, causas, e como é possível tratá-la de forma eficaz. Destacamos a importância de um neurologista no diagnóstico e acompanhamento, bem como o papel do exame de ENMG no diagnóstico preciso da doença. 

O que é distonia?

A distonia é um distúrbio motor do sistema nervoso central que resulta em contrações musculares involuntárias. Essas contrações causam movimentos anormais, muitas vezes repetitivos, ou posturas de parte do corpo, que podem ser dolorosas e desconfortáveis. Pode afetar uma única parte do corpo, como o pescoço, mãos ou face, ou envolver múltiplas áreas, como no caso da distonia generalizada.

Existem dois tipos principais:

  1. Distonia focal: Afeta apenas uma parte específica do corpo, como o pescoço (distonia cervical), as mãos (distonia de mãos ou escrivão) ou a face (distonia oromandibular).
  2. Distonia generalizada: Quando afeta múltiplas partes do corpo, podendo se espalhar para diferentes áreas com o tempo.

Além disso, pode ser classificada com base na sua causa:

  • Distonia primária: Não está associada a nenhuma outra condição neurológica conhecida. Em alguns casos, pode ter uma causa genética.
  • Distonia secundária: Resulta de uma lesão ou outra condição subjacente, como um acidente vascular cerebral (AVC), traumatismo craniano, doença de Parkinson ou efeitos colaterais de medicamentos.

Causas da Distonia

A causa exata nem sempre é clara, mas em muitos casos, ela está relacionada a um problema nos circuitos de controle motor do cérebro, que são responsáveis pelo controle e coordenação dos movimentos. Algumas causas comuns de distonia incluem:

  1. Fatores genéticos: A distonia primária pode ser hereditária, com a mutação de certos genes envolvida no desenvolvimento da doença. Em alguns casos, se manifesta de forma mais precoce, como no caso da distonia idiopática, que pode se desenvolver em crianças ou adolescentes.
  2. Lesões cerebrais: Acidente vascular cerebral, traumatismo craniano ou outras condições que danificam os gânglios da base podem desencadear a distonia secundária.
  3. Doenças neurológicas: Distúrbios como a doença de Parkinson, encefalite ou esclerose múltipla podem ser fatores que levam ao desenvolvimento da doença.
  4. Uso de medicamentos: Alguns medicamentos, especialmente os antipsicóticos, podem causar distonia como um efeito colateral. Essa condição é conhecida como distonia induzida por medicamentos.
  5. Distúrbios metabólicos: Algumas condições metabólicas raras também podem resultar em distonia, como a doença de Wilson, que afeta o metabolismo do cobre no corpo.

Sintomas da distonia

Os sintomas da distonia variam de acordo com a área afetada e a gravidade da condição. Eles podem incluir:

  • Contrações musculares involuntárias: Movimentos repetitivos e espasmódicos que são difíceis de controlar.
  • Posturas anormais: O corpo pode assumir posições incomuns, como cabeça inclinada para um lado, mãos torcidas ou rosto contraído.
  • Dor muscular: A distonia pode ser acompanhada de dor devido ao esforço contínuo dos músculos afetados.
  • Dificuldades motoras: O controle motor pode ser prejudicado, dificultando a realização de tarefas simples como escrever, segurar objetos ou caminhar.
  • Tremores ou movimentos involuntários: Além das contrações, pode ocorrer tremor associado a movimentos involuntários.

Em casos graves pode interferir significativamente nas atividades diárias do paciente, como comer, falar e até andar, tornando a mobilidade e a autonomia limitadas.

Diagnóstico da Distonia

O diagnóstico é feito com base no histórico médico do paciente, nos sintomas relatados e em uma série de exames. A consulta com um neurologista é crucial para identificar a causa da distonia e determinar o tratamento adequado. O neurologista realizará uma avaliação detalhada, observando os movimentos involuntários e as posturas anormais, além de avaliar a progressão da doença.

Alguns exames que podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico e descartar outras condições incluem:

  1. Exame de ENMG (Eletroneuromiografia): O exame de ENMG é fundamental no diagnóstico de distonia. Ela avalia a atividade elétrica dos músculos e a condução dos impulsos nervosos, ajudando a identificar padrões anormais de contração muscular, característicos da distonia. Esse exame também auxilia na diferenciação entre outras condições, como tremores ou paralisia, além de proporcionar uma visão mais detalhada sobre o funcionamento dos nervos e músculos.
  2. Ressonância Magnética (RM): A ressonância magnética do cérebro pode ser realizada para descartar outras condições neurológicas que possam estar causando os sintomas, como lesões cerebrais ou tumores.
  3. Exames genéticos: Se a distonia for suspeita de ter uma causa genética, testes genéticos podem ser solicitados para detectar mutações em genes específicos.
  4. Exames laboratoriais: Para identificar distonias secundárias, exames de sangue podem ser realizados para investigar possíveis desequilíbrios metabólicos ou doenças subjacentes.

Tratamento da Distonia

Embora não tenha cura, existem várias opções de tratamento que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. O tratamento varia de acordo com o tipo e a gravidade e pode incluir:

  1. Medicamentos: O tratamento medicamentoso é frequentemente a primeira linha de defesa para controlar os sintomas, podendo ser um medicamento via oral ou aplicação de toxina botulínica. 
  2. Fisioterapia: Sessões de fisioterapia podem ser muito úteis para melhorar a coordenação muscular e aumentar a flexibilidade, ajudando o paciente a recuperar ou manter a mobilidade e a funcionalidade.
  3. Estimulação cerebral profunda (DBS): Para casos graves, a estimulação cerebral profunda pode ser considerada. Nesse procedimento, um dispositivo é implantado no cérebro para enviar impulsos elétricos que ajudam a controlar os movimentos involuntários.
  4. Cirurgia: Em casos raros, uma intervenção cirúrgica pode ser necessária para corrigir ou melhorar o controle muscular.

A Importância do neurologista no tratamento

O neurologista desempenha um papel crucial no diagnóstico e tratamento. Ele é o profissional especializado na análise do sistema nervoso e possui a expertise necessária para identificar a causa e definir o melhor plano de tratamento. Um diagnóstico preciso e um acompanhamento contínuo são essenciais para gerenciar a distonia de maneira eficaz e minimizar o impacto da doença na vida do paciente.

Clínica Sonne: Excelência no tratamento de distúrbios neurológicos

A Clínica Sonne se destaca como uma referência no tratamento de condições neurológicas, incluindo distonia. Com uma equipe altamente qualificada de neurologistas e outros especialistas, a clínica oferece uma abordagem personalizada para o diagnóstico e manejo da doença. O uso de tecnologias avançadas, como a eletroneuromiografia (ENMG), ultrassonografia para guiar aplicação de toxina botulínica, permite uma avaliação detalhada e precisa, essencial para o tratamento eficaz.

Além disso, a Clínica Sonne oferece um ambiente acolhedor e humanizado, focado no bem-estar do paciente. O atendimento integrado e multidisciplinar garante que cada aspecto da condição seja tratado com a devida atenção e cuidado.

Se você ou alguém próximo sofre com a doença, a busca por uma consulta com um neurologista especializado, como os da Clínica Sonne, é essencial para garantir o melhor tratamento possível e minimizar os impactos dessa condição na vida cotidiana.

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